quarta-feira, 6 de julho de 2011

Seminário Itegrador V

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO RIO GRANDE
POLO UNIVERSITÁRIO DE TRÊS DEMAIO
CURSO DE MATEMÁTICA – LICENCIATURA





SEMINÁRIO INTEGRADOR V





VERA MARIA LESSÊS
MATRÍCULA : 43878

Três de Maio/RS, Junho de 2011.

MÓDULO I - Apresentação teórica do conteúdo que será abordado no material:

FUNÇÃO
Uma relação estabelecida entre dois conjuntos A e B, onde exista uma associação entre cada elemento de A com um único de B através de uma lei de formação é considerada uma função. Observe o exemplo:




O estudo das funções se apresenta em vários segmentos, de acordo com a relação entre os conjuntos podemos obter inúmeras leis de formação. Dentre os estudos das funções temos: função do 1º grau, função do 2º grau, função exponencial, função modular, função trigonométrica, função logarítmica, função polinomial. Cada função possui uma propriedade e é definida por leis generalizadas. As funções possuem representações geométricas no plano cartesiano, as relações entre pares ordenados (x,y) são de extrema importância no estudo dos gráficos de funções, pois a análise dos gráficos demonstram de forma geral as soluções dos problemas propostos com o uso de relações de dependência, especificadamente, as funções.

As funções possuem um conjunto denominado domínio e outro chamado de imagem da função, no plano cartesiano o eixo x representa o domínio da função, enquanto o eixo y representa os valores obtidos em função de x, constituindo a imagem da função.

Um exemplo de relação de função pode ser expresso por uma lei de formação que relaciona: o preço a ser pago em função da quantidade de litros de combustível abastecidos. Considerando o preço da gasolina igual a R$ 2,50, temos a seguinte lei de formação: f(x) = 2,50*x, onde f(x): preço a pagar e x: quantidade de litros. Observe a tabela abaixo:


Percebemos que para cada valor de x temos uma representação em f(x), esse modelo é um típico exemplo de função do 1º grau.
A importância do estudo de função não é restrita apenas aos interesses da matemática, mas colocado em prática outras ciências, como a física e a química.

Na matemática, o estudo de função é dividido basicamente em:
►Características, tipos e elementos de uma função.
►Função do primeiro grau.
►Função do segundo grau.

Nem sempre percebemos, mas estamos em contato com as funções no nosso dia-a-dia, por exemplo: Quando assistimos ou lemos um jornal, muitas vezes nos deparamos com um gráfico, que nada mais é que uma relação, comparação de duas grandezas ou até mesmo uma função, mas representada graficamente.

Para que esse gráfico tome forma é necessário que essa relação, comparação seja representada em uma função na forma algébrica.

Para dar início ao estudo de função é necessário que tenhamos o conhecimento de equações, pois todo o desenvolvimento algébrico de uma função é resolvido através de equações. Uma função do 1º grau pode ser chamada de função afim. Pra que uma função seja considerada afim ela terá que assumir certas características, como: Toda função do 1º grau deve ser dos reais para os reais, definida pela fórmula f(x) = ax + b, sendo que a deve pertencer ao conjunto dos reais menos o zero e que b deve pertencer ao conjunto dos reais.

Então, podemos dizer que a definição de função do 1º grau é:
f: R→ R definida por f(x) = ax + b, com a R* e b R.
Veja alguns exemplos de Função afim.
f(x) = 2x + 1 ; a = 2 e b = 1
f(x) = - 5x – 1 ; a = -5 e b = -1
f(x) = x ; a = 1 e b = 0

f(x) = - 1 x + 5 ; a = -1 e b = 5
2 2
Toda função a do 1º grau também terá domínio, imagem e contradomínio.

A função do 1º grau f(x) = 2x – 3 podem ser representada por y = 2x – 3. Para acharmos o seu domínio e contradomínio, devemos em primeiro estipular valores para x.

Vamos dizer que x = -2 ; -1 ; 0 ; 1. Para cada valor de x teremos um valor em y, veja:
x = -2 x = - 1 x = 0
y = 2 . (-2) – 3 y = 2 . (-1) – 3 y = 2 . 0 - 3
y = - 4 – 3 y = -2 – 3 y = -3
y = - 7 y = - 5

x = 1
y = 2 . 1 – 3
y = 2 – 3
y = -1

Os valores de x são o domínio e a imagem e o contradomínio são os valores de y. Então, podemos dizer que Im = R.
PLANO CARTESIANO

Criado por René Descartes, o plano cartesiano consiste em dois eixos perpendiculares, sendo o horizontal chamado de eixo das abscissas e o vertical de eixo das ordenadas. O plano cartesiano foi desenvolvido por Descartes no intuito de localizar pontos num determinado espaço. As disposições dos eixos no plano formam quatro quadrantes, mostrados na figura a seguir:


O encontro dos eixos é chamado de origem. Cada ponto do plano cartesiano é formado por um par ordenado (x , y ), onde x: abscissa e y: ordenada.

Marcando pontos no plano cartesiano

Dados os pontos A(3,6), B(2,3), C(-1,2), D(-5,-3), E(2,-4), F(3,0), G(0,5), represente-os no plano cartesiano.

Marcando o ponto A(3,6)
Primeiro: localiza-se o ponto 3 no eixo das abscissas
Segundo: localiza-se o ponto 6 no eixo das ordenadas
Terceiro: Traçar a reta perpendicular aos eixos, o encontro delas será o local do ponto.



O sistema de coordenadas cartesianas possui inúmeras aplicações, desde a construção de um simples gráfico até os trabalhos relacionados à cartografia, localizações geográficas, pontos estratégicos de bases militares, localizações no espaço aéreo, terrestre e marítimo.

Função de 1º grau
Definição
Chama-se função polinomial do 1º grau, ou função afim, a qualquer função f de IR em IR dada por uma lei da forma f(x) = ax + b, onde a e b são números reais dados e a 0.
Na função f(x) = ax + b, o número a é chamado de coeficiente de x e o número b é chamado termo constante.
Veja alguns exemplos de funções polinomiais do 1º grau:
f(x) = 5x - 3, onde a = 5 e b = - 3
f(x) = -2x - 7, onde a = -2 e b = - 7
f(x) = 11x, onde a = 11 e b = 0

Gráfico
O gráfico de uma função polinomial do 1º grau, y = ax + b, com a 0, é uma reta oblíqua aos eixos Ox e Oy.
Exemplo:
Vamos construir o gráfico da função y = 3x - 1:
Como o gráfico é uma reta, basta obter dois de seus pontos e ligá-los com o auxílio de uma régua:
a) Para x = 0, temos y = 3 • 0 - 1 = -1; portanto, um ponto é (0, -1).
b) Para y = 0, temos 0 = 3x - 1; portanto, e outro ponto é .
Marcamos os pontos (0, -1) e no plano cartesiano e ligamos os dois com uma reta.
x y
0 -1
0

Já vimos que o gráfico da função afim y = ax + b é uma reta.
O coeficiente de x, a, é chamado coeficiente angular da reta e, como veremos adiante, a está ligado à inclinação da reta em relação ao eixo Ox.
O termo constante, b, é chamado coeficiente linear da reta. Para x = 0, temos y = a • 0 + b = b. Assim, o coeficiente linear é a ordenada do ponto em que a reta corta o eixo Oy.



Zero e Equação do 1º Grau
Chama-se zero ou raiz da função polinomial do 1º grau f(x) = ax + b, a 0, o número real x tal que f(x) = 0.
Temos:
f(x) = 0 ax + b = 0
Vejamos alguns exemplos:
1. Obtenção do zero da função f(x) = 2x - 5:
f(x) = 0 2x - 5 = 0
2. Cálculo da raiz da função g(x) = 3x + 6:
g(x) = 0 3x + 6 = 0 x = -2

3. Cálculo da abscissa do ponto em que o gráfico de h(x) = -2x + 10 corta o eixo das abicissas:
O ponto em que o gráfico corta o eixo dos x é aquele em que h(x) = 0; então:
h(x) = 0 -2x + 10 = 0 x = 5

Crescimento e decrescimento
Consideremos a função do 1º grau y = 3x - 1. Vamos atribuir valores cada vez maiores a x e observar o que ocorre com y:

x -3 -2 -1 0 1 2 3
y -10 -7 -4 -1 2 5 8


Notemos que, quando aumentamos o valor de x, os correspondentes
valores de y também aumentam. Dizemos, então que a
função y = 3x - 1 é crescente.
Observamos novamente seu gráfico:


Regra geral:
a função do 1º grau f(x) = ax + b é crescente quando o coeficiente de x é positivo (a > 0);
a função do 1º grau f(x) = ax + b é decrescente quando o coeficiente de x é negativo (a < 0);
Justificativa:
• para a > 0: se x1 < x2, então ax1 < ax2. Daí, ax1 + b < ax2 + b, de onde vem f(x1) < f(x2).
• para a < 0: se x1 < x2, então ax1 > ax2. Daí, ax1 + b > ax2 + b, de onde vem f(x1) > f(x2).













FUNÇÕES MATEMÁTICAS NA CINEMÁTICA

A Matemática está presente em diversas situações cotidianas, na Física ela possui importantes aplicabilidades, como na Cinemática (parte da Física que estuda os movimentos relacionando-os através dos conceitos de posição, velocidade e aceleração). Essa relação acontece por meio do uso de funções matemáticas do 1º e do 2º graus.
Nesta etapa, vamos fixar nossos estudos na função do 1º grau, que é o fundamento dos movimentos uniformes, aqueles em que o valor da velocidade é constante, ou seja, não possuem aceleração.
A função do 1º grau possui a seguinte lei de formação: y = ax + b. Uma das funções do movimento uniforme é dada pela expressão espaço em função do tempo: S = So +VT. Ao comparar as duas expressões obtemos a seguinte relação:


A comparação entre as expressões deixa bem claro que a fórmula definida como espaço em função do tempo é uma função do 1º grau.
Exemplo: Dois carros se movem em linha reta em movimento uniforme e no mesmo sentido. No instante tº = 0 eles estão distantes 200 m um do outro, conforme a ilustração. Se o carro A desenvolve uma velocidade constante de 8 m/s e o carro B de 6 m/s, quanto tempo o carro A leva para alcançar o carro B?


O carro A parte da origem com velocidade escalar de 8 m/s, portanto, a função do movimento do carro A é: S + So + VT . Logo, temos que: S = 0 + 8t → S = 8t.
O carro B parte da posição 200m com velocidade escalar 6 m/s, portanto, a função do movimento do carro B é: S = So + VT. Logo, temos que: S = 200 + 6t.
Os dois carros deslocam-se no mesmo sentido, como a velocidade do carro A é maior que a velocidade do carro B, dessa forma, em algum instante o carro A alcançará o carro B. Para calcularmos o instante do encontro basta igualarmos as duas funções. Então:
Sa = Sb
8t = 200 + 6t
8t – 6t = 200
2t = 200
t= 200/2
t= 100 s → Após 100 segundos ou aproximadamente 1,66 minutos o carro A alcançará o carro B.

ANALISANDO SITUAÇÕES ATRAVÉS DE FUNÇÕES DO 1º GRAU

Toda função do 1º grau possui a seguinte lei de formação: y = ax + b, onde a e b são números reais e a ≠0. Esse modelo de função contribui na elaboração e resolução de situações problemas cotidianas. Através de exemplos, será mostrada a importância e a aplicação dos estudos relacionadas às funções do 1º grau.

Exemplo 1: Na produção de peças, uma fábrica tem um custo fixo de R$ 200,00 mais um custo variável de R$ 1,20 por peça produzida. Qual o custo de produção de 100.000 peças? Quantas peças podem ser produzidas com R$ 20.000,00?
RESOLUÇÃO:

Percebemos que temos um valor fixo de R$ 200,00 e um valor que varia de acordo com a quantidade de peças produzidas (R$ 1,20 a peça produzida). Segundo a lei de formação, temos que: y = ax + b. Logo, vem que: → y = 1,2x + 200.
Como queremos saber o custo de produção para 100.000 peças, temos que:
Y = 1,2(10.000) + 200
Y = 12000+200
Y = 12.200,00. Logo, o custo de produção de 10.000 peças é de R$ 12.200,00.

Para sabermos o número de peças que podem ser produzidas com R$ 20.000,00, fizemos:
1,2x + 200 = 20.000,00
1,2x= 20.000,00 – 200
1,2x = 19.800,00
X= 19.800,00/1,2
X= 16.500. Logo, serão produzidas 16.500 peças.

Exemplo 2: Uma empresa de planos de saúde propõe a seus clientes opções de pagamentos mensais:
Plano A: um valor fixo de R$ 110,00 mais R$ 20,00 por consulta dentro do período.
Plano B: um valor fixo de R$ 130,00 mais R$ 15,00 por consulta dentro do período.
Analise os planos, com o objetivo de demonstrar, em quais condições um ou outro é mais vantajoso.

RESOLUÇÃO:
Função do Plano A: y = 20x + 110
Função do Plano B: y = 15x + 130
Momento em que os planos são exatamente iguais: A = B → 20x + 110 = 15x + 130
20x – 15x = 130 – 110
5x = 20
X = 20/5
X= 4
Custo do Plano A menor que o custo do Plano B: A < B → 20x + 110 < 15x + 130
20x – 15x < 130 – 110
5x < 20
X<20/5
X < 4
Custo do Plano B menor que o custo do plano A: B < A → 15x + 130 < 20x + 110
15x – 20x < 110 – 130
- 5x < -20 (-1)
X > 20/5
X > 4. Concluindo: Se o cliente realizar quatro consultas por mês, ele pode optar por qualquer plano. Se o número de consultas for maior que quatro, o plano B possui um custo menor. Caso o número de consultas seja menor que quatro, o plano A possui custo menor.


ESTUDOS MATEMÁTICOS E FÍSICOS SOBRE A PRESSÃO SANGUÍNEA
A Matemática e a Física são responsáveis pela explicação de inúmeros fatos ocorridos na natureza. Um processo vital para o ser humano é a circulação sanguínea pelo corpo. Ao pulsar, o coração impulsiona o sangue oxigenado pelas artérias para todas as partes do corpo, retornando ao próprio coração, pelas veias, carregado de gás carbônico , que, por sua vez, é bombeado ao pulmão objetivando as trocas gasosas.
Ao circular, o sangue encontra o atrito das paredes arteriais, por isso o coração bate sistematicamente em intervalos regulares. Temos dois tipos de pressão, uma decorrente da força imposta pelo coração e outra, imposta pelo calibre arterial. A força realizada pelo coração para impulsionar o sangue é denominada de sistólica (pressão máxima) e a resistência oferecida pelas paredes arteriais ao sangue impulsionado que é chamada de diastólica (pressão mínima).
Quando medimos a nossa pressão arterial com o aparelho conhecido como esfigmomanômetro e detectamos, por exemplo, o valor de 11 por 7, estamos sendo informados que nossa pressão máxima é de 110 mmHg (milímetros de mercúrio) e a pressão mínima é de 70 mmHg. O coração impulsiona o sangue a uma força de 110 e a resistência da parede arterial é de 70. Esse valor tomado como exemplo é considerado uma pressão sanguínea normal.
A unidade de medida da pressão arterial, dada por mmHg foi criada em 1643 por EvangelistaTorricelli, físico e matemático italiano. A medida de 1mmHg corresponde a 133,32 Pa (Pascal), a 1,33 mb (Milibar) e a 0, 00131578947368 atm (Atmosfera) que são unidades de medidas de pressão de acordo co o SI (Sistema Internacional de Medidas).
A hipertensão (pressão alta) ocorre mediante a diminuição do diâmetro das artérias, pois, nesse caso, o coração deve aumentar a força do batimento para que o sangue atinja todas as partes do corpo. Esse estreitamento das artérias pode ser de origem natural ou devido à dieta alimentar rica em gorduras e sal, que se alojam na parede das artérias próximas ao coração. As bebidas alcoólicas e o cigarro também influenciam no aumento da pressão arterial.



MÓDULO II - Estratégias didático-pedagógicas e recursos que serão utilizadas ao se trabalhar o conteúdo:

Utilizarei como estratégias didáticas e pedagógicas: resumos no quadro branco ou negro, aulas expositivas, aulas explicativas, folhas impressas, pesquisas em bibliografias variadas para ampliação dos conhecimentos, atividades de fixação de conteúdos, construção de gráficos usando o Geogebra, etc.


MÓDULO III – Atividades práticas propostas aos estudantes
a) Vídeo – Movimento Retilíneo Uniforme http://www.youtube.com
Física 07 -- Movimento retilíneo uniforme Parte 1
O vídeo será apresentado com o objetivo de despertar o interesse dos alunos pelo estudo e entendimento de funções afim.
b) Uso do software Geogebra
O uso deste software tem como objetivo a construção dos gráficos necessários para o estudo de função a fim e sua interdisciplinaridade com a Cinemática.



MÓDULO IV – Atividades de Fixação a serem propostas aos alunos



1). Um carro está localizado no Km 16 de uma rodovia retilínea no instante t = 0. Ele está se movendo a uma velocidade constante de 80 km/h. Determine:

a) a função horária do movimento do carro.

Solução: Sabemos que a função horária é dada por S = S0 + vt
Segue que:
S0 = 16 e v = 80 km/h
Assim,
S = 16 + 80t

b) Determine a posição que o carro estará no instante t = 1,5

Solução: Para determinar a posição no instante t = 1,5 basta substituir esse valor na função horária do movimento. Assim, teremos:
S = 16 +80*1,5
S = 16 + 120 = 136 km
2). Um carro parte com velocidade constante de 90 km/h, de uma cidade localizada no km 220 de uma certa rodovia. Determine a localização do carro na rodovia 2 h após a partida, supondo que ele se movimenta:
a) no sentido da numeração crescente da rodovia.

Solução: Sabemos que S = So + vt →S = 220 + 90 . 2 → S = 400 Km.

b) no sentido da numeração decrescente da rodovia
.
Solução: Temos que: S = So + vt→ S = 20 – 90.2 →S = 40 Km


1) Dois móveis A e B movimentam-se numa mesma trajetória e no mesmo sentido. Num determinado instante, o móvel A, que possui velocidade constante de 25 m/s, encontra-se 200 m atrás do móvel B, que possui velocidade constante de 15 m/s. Determine em quanto tempo o móvel A alcança o móvel B e a posição do encontro.
Solução:
Sa = Sb
So + vt = So + vt



4). Quanto tempo demora um trem com 200 m de comprimento, que se movimenta com velocidade constante de 36 km/h (ou 10 m/s), para atravessar uma ponte com 100 m de comprimento?

Solução: Neste caso temos que:
S = 200m
So = 0
V = 10 m/s. Substituindo na equação, tem-se: 200 = 0 + 10t→200/10 = t→t= 20 s.


5)Um móvel movimenta-se com velocidade constante de 30 m/s.
a) Que distância ele percorre em 20 s?

Solução:Neste caso temos: S = So + vt→S = 0 + 30. 20→S = 60m.

b) Em quanto tempo ele percorrerá 1500 m?
Solução: Temos que: S = So + vt→1500 = 0 + 30.t→30t = 1500→t = 1500/30→t = 50s.


6) Se uma pessoa anda 2 km em 30 min, a sua velocidade, admitida constante, é de:
a) 1 km/h b) 2 km/h c) 3 km/h d) 4 km/h e) 5 km/h
Solução: Como a pessoa caminha 2 Km a cada meia hora, então, sua velocidade constante é de 4 km/h.


7) A velocidade do som no ar é praticamente constante e igual a 340 m/s. Quanto tempo
demora para uma pessoa ouvir uma explosão que aconteceu a 1700 m de distância?

Solução: Temos que: 1700 = 0 + 340t→t = 1700/340→t = 5 s.

8) O Sol encontra-se a 150 milhões de quilômetros da Terra. Então, um raio de luz, viajando com velocidade constante de 300 mil quilômetros por segundo, demora para vir do Sol à Terra:
a) 2 s
b) 50 s
c) 200 s
d) 500 s
e) 2000 s
Solução:Temos que: 150.000.000 = 0 + 300 000t→t = 150 000 000/300 000→t = 500 s.
Logo, a luz do Sol demora 500 segundos para chegar à Terra.

9) A função horária dos espaços de um móvel é s = 5 + 3t. Considere s em metros e t em
segundos. Determine:
a) o espaço inicial e a velocidade do móvel.
Solução: Comparando as esquações S = So + vt com S = 5 + 3t, temos que: o espaço inicial é de 5m e a velocidade inicial é de 3m/s.

b) o espaço do móvel no instante t = 10 s.
Solução: Substituindo t = 10 s em: S = 5 + 3 .10→S = 35 m.


10)Um móvel se desloca obedecendo à seguinte função horária: s = -50 + 20t.
a) Qual é o espaço inicial e a velocidade do móvel?
Solução: Comparando as equações, temos que So = - 50 m e V = 20 m/s.
b) Em que instante o móvel passa pela origem dos espaços?
Solução: Substituindo, temos que: 0 = -50 + 20t→20t =50→t = 2 s.

c) Qual é o espaço do móvel no instante t = 10 s?
Solução: Substituindo os valores na função: S = - 50 + 20.10→S = -50 +200→S = 150 m.


Referências Bibliográficas:
1. http://www.somatematica.com.br/emedio/funcao1/funcao1_3.php
2. http://www.matematica.com.br/site/
3. http://www.brasilescola.com
4. Youtube.com
5. FILHO, Benigno Barreto e SILVA, Claudio Xavier da. MATEMÁTICA. Vol. Único, FTD, São Paulo, 2000.
6. PENTEADO, Paulo Cesar M. e TORRES, Carlos Magno A. FÍSICA – CIÊNCIA E TECNOLOGIA. Vol. 1, Moderna, São Paulo, 2005.

segunda-feira, 30 de maio de 2011


MÃE NATUREZA



Oh! Mãe natureza,
tu que abraças todo o mundo
tu que abrigas todas as crianças, animais e vegetais do universo.
Clamas por socorro!
Mãe natureza
Transformaram-te,
Grite!
Falta de ar: sinto!
Cadê o ar puro e limpo?
O céu azul sobre mim já não posso ver.
Na escuridão
A humanidade caminha sem solução.
Mãe natureza precisa de socorro, vida
para sobreviver
só Deus sabe...
Até quantos tempo
Ainda vai precisar para crer...
Da gravidade dessa agressão,
Apelamos o teu coração de Mãe,
Para uma urgente regeneração.

Poema elaborado pelo grupo Amigas da Leitura.

domingo, 29 de maio de 2011


FILHOS DO ABANDONO

Quem roubou a esperança  
Dessas pobres crianças
Que andam pelas ruas
De peles ásperas e nuas?

São anjos do inferno
Um sofrimento eterno
Filhos do esgoto
Maltrapilhos e rotos.

São pétalas perdidas
Desencontros de vidas
Engendrados pela miséria
Esquecidos como matéria.

Filhos da escuridão
Luz da nação
Sem direitos de viver
Seu destino é morrer.

Neste mundo fictício
Seu caminho é o vicio
Roubaram-lhe a infância
Vitimas da ganância.

Parece cenas de terror
Num cenário de pavor
São lembrados somente
Na eleição de presidente.


Poema elaborado pelas amigas da leitura.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

A CARTOMANTE

Reflexão de Lavoisier ao descobrir que lhe haviam roubado a carteira: nada se perde tudo muda de dono. Pensava João ao sair cedo de casa, nesta frase de Mário Quintana. Embora soubesse que aquilo que estava fazendo não fosse correto. Como resistir a beleza e a sensualidade daquela garota, mesmo ela sendo a esposa do seu melhor amigo?
Ele seguia dirigindo e pensando, Luis era como seu irmão, foram criados praticamente juntos, passeavam juntos nos finais de semana nos balneários, andavam de bicicleta na Praça da Matriz, tomavam sorvetes juntos, iam à mesma escola e iam juntos aos bailes na região. Foi num desses bailes que Luis e Alice se conheceram.
No início, parecia não ser nada sério, porém depois os dois começaram a namorar e casaram. Pedro continuava amigo do casal, agora saíam os três juntos. Luis era um bom rapaz trabalhava num escritório e fazia faculdade de direito e João trabalhava de entregador numa loja e estudava engenharia. Pedro era alegre, falante e Luis era mais quieto, mas muito carinhoso com a esposa.
Pedro não conseguia entender como poderia estar amando a esposa do seu melhor amigo, mas o pior não era isso, o pior é que esse amor era correspondido.
- Até amanhã, meu amor! Falou Alice ao sair do Motel Casa Blanca e entrar no táxi que havia chamado.
_ Até, falou João depois de trocarem um longo e quente beijo na boca.
No dia seguinte ao chegar ao trabalho Pedro recebeu uma mensagem em seu telefone: “Como pode ser tão canalha e trair seu melhor amigo?” Ele levou um susto tão grande que teve que sentar para não cair. Eles tomavam sempre tantos cuidados para não serem descobertos, como poderia? Não conseguiu descobrir quem enviara a mensagem, pois não havia número. Poucos minutos depois o telefone tocou, era Alice, desesperada por ter recebido a mesma mensagem.
_ Olha meu bem temos que dar um tempo, ficar uns dias sem nos ver, não irei à casa de vocês por uns tempos, acho que é melhor!
_ Também acho, vou sentir muito sua falta!
Alguns dias mais tarde ao sair do trabalho João foi até um barzinho no centro que costumava ir, pediu uma cerveja e de repente chega o Luis, João ficou todo assustado, pois não sabia se o autor da mensagem talvez não fosse o próprio Luis.
_ Ei cara, o que há você anda sumido, não apareceu mais lá em casa. Qual o problema?
_ Problema nenhum, estou meio sem tempo!
_ Essa não. Foi bom te encontrar, precisava conversar com alguém.
_ Fala, cara, sou todo ouvidos!
_ É a Alice, ela anda muito estranha, arredia, parece que está me escondendo alguma coisa! Estou preocupado, ela parece estar sempre distante.
_ Não encana, cara, deve ser coisas de mulher, TPM, porque você não dá um dinheiro ou leva ela para fazer umas compras.
_ Já fiz isso e não adiantou. Sinceramente eu acho que ela está me traindo.
João mexeu-se na cadeira e falou com voz engasgada:
_ Traindo? Alice? Impossível ele adora você!
_ Você diz isso porque não a tem visto há vários dias, ela não parece mais a mesma!
_Luis, sinto muito, mas preciso ir, tenho um compromisso. Até!
_ Até!
João entrou no carro, pegou a Avenida Uruguai e parou num lugar deserto e escuro. Pegou o telefone e ligou para Alice.
_ Meu amor você precisa disfarçar melhor, Luis está desconfiado que o esteja traindo.
_ Pedro, eu não agüento mais, preciso te ver! Acho que se não puder c te ver vou morrer de amor! Hoje procurei uma cartomante e ela me garantiu que nós dois vamos ficar juntos.
_ Essa agora, vai acreditar em cartomantes!
_ É verdade meu bem, ela me garantiu que nós dois vamos terminar nossa vida juntos! Vamos nos ver amanhã? No Casa Blanca. O Luis amanhã vai para Santa Rosa bem cedo, a trabalho e teremos o dia todo pra nós!
_ Está bem, a que horas?
_ Às 10 da manhã, mal posso esperar para tê-lo em meus braços e sentir teus lábios e teu corpo...
No dia seguinte Luis saiu cedo, antes deu um longo beijo em Alice e deu-lhe dinheiro para que ela comprasse algumas roupas novas. Ela estava ansiosa, perto das 10 horas, chamou um táxi e foi para seu encontro. Chegando ao motel, Pedro já a esperava na entrada, ela entrou no carro e quando Pedro ligou o motor para entrar, uma pessoa saiu detrás dos arbustos... LUIS... Ele estava armado e apenas falou:
_ Gravei toda a conversa de vocês seus traidores, a cartomante tinha razão vocês vão terminar suas vidas juntos!!! E disparou a queima-roupas, vários tiros nos dois, depois se sentou ao lado do carro, abriu uma cerveja e a sorveu calmamente.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Imagem e música



Toda natureza é uma harmonia divina, sinfonia maravilhosa que convida todas as criaturas a que acompanhem sua evolução e progresso.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

BRINCANDO COM AS PALAVRAS


A poesia sensibiliza qualquer ser humano. É a fala da alma, do sentimento. E precisa ser cultivada.” (Afonso Romano de Sant’Ana)

            Lendo, a criança vai preencher significações e recriar o mundo por meio da imaginação. O contato com a literatura é considerado essencial para a formação da criança. E nessa literatura não podemos esquecer a poesia. O trabalho com a poesia é uma experiência inigualável para a vida dessa criança. No entanto, ela (a poesia) não está sendo trabalhada de acordo com a dimensão de sua importância. Como fazer então, para despertar e motivar nossas crianças e alunos a “sentir o gosto” e aguçar a sensibilidade pela poesia?
A poesia em nosso dia-a-dia escolar está um tanto quanto esquecida e substituída por textos em prosa. Ela deveria fazer parte do nosso cotidiano escolar, pois, desde bebês convivemos com ela através das canções de ninar que nossas mães tão carinhosamente cantavam e ensinavam. Depois, em nossa infância, nos anos iniciais da escola, através das brincadeiras com versos, construção de rimas, trava línguas, adivinhas, cantigas de roda... Onde é que estamos nos perdendo então deste encontro maravilhoso com a poesia? Precisamos mostrar aos nossos alunos o quanto é gostoso ler, ouvir e criar poesias e incentivá-los a demonstrarem seus sentimentos através da escrita de versos, sejam eles rimados ou não.
Vivemos rodeados de poesia. Poesia é tudo o que nos cerca e que nos emociona quando tocamos, ouvimos ou provamos. Poesia é a nossa inspiração para viver a vida.” (Elias José-2003)
O verdadeiro valor da poesia está em entrarmos em contato com o mundo do imaginário, através de metáforas e especialmente de sua sonoridade (rimas). Pois poesia é autenticidade, emoção e beleza. É forma, ritmo, som, graça, é pura intuição, emoção que se transforma em realidade..
Na maioria das vezes a poesia já faz parte naturalmente do dia a dia da criança, especialmente se as observamos brincando. Na hora de escolher alguém para uma brincadeira, usam o Uni, duni, , Salamê, minguê. O sorvete é colorê, O escolhido foi você! Quando pulam corda vão cantando: Salada, saladinha, bem temperadinha, sal, pimenta, azeite colonial… Um homem bateu em minha porta e eu abri… E assim por diante… Em seu cotidiano, a criança vive a poesia através das brincadeiras, da invenção de rimas, dos trava-línguas, músicas, etc. Nosso passo inicial, acredito que seja, irmos ao pátio, na hora do intervalo e observarmos as crianças e incentivá-las a usar as cantigas em suas brincadeiras e podemos também fazer isso na hora da recreação ou Educação Física, se formos professores de séries iniciais.
Então em sala de aula é só darmos continuidade nesse trabalho, pois a familiaridade com textos poéticos de forma divertida e significativa leva a criança a perceber o encanto da poesia. Não sendo esta mais do que uma brincadeira com as palavras, onde cada palavra pode e deve significar mais de uma coisa ao mesmo tempo. A qualidade dos textos é fundamental. A poesia para crianças, tem que ser de primeiríssima qualidade, bela, movente, prazerosa, cutucante, surpreendente, bem escrita... Deve-se selecionar poetas que brincam com as palavras, tornando-as sedutoras. A beleza da imagem deve misturar-se à cadência, ao ritmo das palavras.
Acreditamos  que, se a poesia fosse introduzida ou trabalhada de forma mais leve, como uma brincadeira, sendo estimulada pelos Professores ou Mediadores, as crianças teriam outra visão, outro enfoque sobre as rimas que podem, através da sua sonoridade e novos vocábulos, levar às crianças ao mundo do imaginário, despertando nelas a curiosidade e aguçando, ao mesmo tempo,  o despertar de novos conhecimentos.
Quando se trabalha poesias, devemos conduzir os alunos de tal forma, que este seja um ato prazeroso, mostrando-lhes o quão belo é ler, recitar, declamar ou ouvir uma poesia. Pois, como diz um provérbio: Tudo aquilo que se faz com amor, torna-se um ato prazeroso;  tudo o que se faz por dever ou obrigação, torna-se um fardo.
            Nas séries iniciais, a formação do leitor está relacionada a alfabetização, a fim de formar o aluno para a leitura. Para tanto, é preciso que, na escola se trabalhe: poesias e poemas literários, extraídos de revistas, jornais e livros. Sabemos que a partir de dois anos de idade a intermediação do adulto é importante para estimular o gosto pela poesia e para o aluno adquirir e desenvolver a sensibilidade sonora e rítmica presentes neste tipo de leitura.
O gosto pela poesia e o despertar pelo prazer de ler pode nascer através de momentos de intervenção entre família, professor e aluno e, entre os próprios alunos, a partir  de diálogos, leitura oral, brincadeiras recitadas e cantadas de poesias  e textos poéticos dos mais diversos autores e estilos.


Texto elaborado pelas amigas da leitura: Márcia, Maria Lúcia, Mara Rosane, Rosa e Vera.